quarta-feira, 31 de outubro de 2012

VISIBILIDADE VERSUS CONTROLE: O DIFÍCIL DILEMA DAS ORGANIZAÇÕES NA ERA DAS REDES

Que empresa hoje não gostaria de estar presente todo dia e o dia inteiro na vida dos seus clientes, mostrando seus produtos, publicizando suas ações, conquistando novos públicos, fidelizando os já existentes e, dessa forma, reforçando a imagem da sua marca, tudo isso a um custo consideravelmente baixo? NENHUMA é claro? Pois é, a consagração das redes sociais digitais na vida da maioria dos cidadãos do planeta, atrelada às inúmeras vantagens que a chamada web 2.0 disponibiliza a todos, têm deixado gestores e empresários de orelha em pé, diante de um difícil dilema: Afinal, mergulhar de vez nesse universo digital (promissor e imprevisível) em busca da tão almejada visibilidade ou evitar riscos optando pelo controle, mantendo o velho modelo funcionalista?

O fato é que a chegada impactante da internet e os avanços tecnológicos ocorridos no decorrer das últimas décadas obrigaram as organizações a se inserirem no mundo virtual. Somada a isso, a chegada da web 2.0 transformou a forma de relacionamento das empresas com seus públicos. Hoje, o consumidor não é mais um ser passivo. Ele participa do fato, opina e deseja ser ouvido. Diante disto, estar presente nas redes sociais passou a ser condição de sobrevivência às organizações, que tiveram que refletir e repensar suas estratégias de mercado.

As facilidades e as oportunidades trazidas por essa “nova” plataforma comunicacional, ao mesmo tempo em que seduz, deixam receosas as organizações, que de um lado, são tentadas pela tão sonhada visibilidade (mostrar/expor), atrativo da esfera midiática, e de outro, querem ter o controle do processo discursivo, pautado na mera transmissão de informações com a ideia da gestão, utilizando a rede como mais um canal para transmissão de informações.

Eis aí um impasse perigoso. O que fazer?

Ao optar pela primeira opção, qual seja a de transformar o processo comunicacional em um ambiente de trocas e interações entre as organizações e seus públicos de relacionamento, os gestores devem estar cônscios de que, diante desse celeiro de oportunidades, o planejamento em comunicação digital para as redes deve ser tão ou mais importante que o planejamento em comunicação que envolve as outras áreas. Isso por que as redes sociais trabalham com a instantaneidade e muitas empresas ainda não aprenderam a lidar com isso, sobretudo, no momento de reação. Fazendo o dever de casa certinho, as chances de sucesso são boas.

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Ficar com a segunda opção, entretanto, é resistir a um antigo modelo, que além de demonstrar insegurança, pode acabar diminuindo a credibilidade das organizações frente a um público mais informado e cada vez mais exigente, além do risco de ficar para trás na dinâmica do mercado.
Considerar que o modelo a ou b é o certo, ainda é um tanto arriscado, devido às ressalvas que sempre devem existir nesses casos. O fato é que, na complexidade do mundo atual, explorar a dimensão estratégica da comunicação é um grande desafio para as empresas. Nesse contexto, as redes sociais se apresentam como um caminho para estreitar o relacionamento da organização com os diversos públicos.

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Por Paiva Silva